quinta-feira, 3 de novembro de 2011

REUNIDOS EM CANNES, LÍDERES DO G20 DISCUTEM SAÍDA PARA CRISE FINANCEIRA

Líderes do G20 posam para foto oficial na 6a Cúpula do G20, em Cannes, na França. Foto: Roberto Stuckert Filho-PR
Os líderes do G20 se reúnem em Cannes, na França, para discutir a crise financeira internacional, que atinge de forma mais grave a Zona do Euro. O Brasil irá defender, segundo a presidenta Dilma Rousseff, que os países desenvolvidos busquem o equilíbrio fiscal ao mesmo tempo em que apresentem propostas para o crescimento das economias e a geração de emprego.
Nesta tarde, os chefes de Estado e de Governo se reúnem na segunda sessão oficial da Cúpula e, à noite, participam de jantar de trabalho.

Na busca de solução para a crise, Brasil está disposto a contribuir com FMI

Presidenta Dilma Rousseff e o presidente Barack Obama se encontram na primeira sessão de trabalho do G20. Foto: Roberto Stuckert Filho-PR

A presidenta Dilma Rousseff afirmou que, na busca de uma solução para crise financeira, o Brasil está disposto a contribuir com o Fundo Monetário Internacional. Aos líderes do G20 reunidos em Cannes, na França, a presidenta destacou que é preciso que os países desenvolvidos ajam com liderança, visão clara e rapidez.
Em almoço que marcou o início oficial da reunião de cúpula do G20, ela pediu aos demais líderes do Grupo detalhes do pacote europeu anticrise, e manifestou preocupação de que a crise comece a “respingar” nos países em desenvolvimento. Disse, ainda, que é importante se pensar em medidas emergenciais que garantam o crescimento econômico.
Após o almoço que marcou o início dos trabalhos, os líderes do G20 tiveram uma reunião em que a presidenta Dilma ressaltou a “exitosa” experiência brasileira de enfrentamento da crise com inclusão social e geração de emprego.
- “A inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média foi não somente uma imposição moral como também uma questão de enfrentamento econômico.”
Dilma Rousseff manifestou apoio à tese da Organização Internacional do Trabalho de um piso único de renda como medida de proteção mundial.
- “Tem efeito inequívoco contra a crise. O Brasil não irá se opor a uma taxa financeira mundial, se isso for um consenso entre os países a favor da ampliação dos investimentos sociais.”.
Para a presidenta, a atual crise também exige medidas para combater a guerra cambial e garantir os compromissos assumidos entre os países na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio.
- “É conhecido por todos o empenho do Brasil na retomada da Rodada de Doha. Mas é preciso dizer também que a atual crise econômica também provocou problemas cambiais e a ampliação de liquidez que afeta muitos países, como o Brasil. A Conferência da OMC em dezembro deve ser oportunidade para retomar nosso compromisso de Doha, assim como discutir a questão cambial e
as questões de segurança alimentar, incluindo subsídios agrícolas.”

- Com Blog do Planalto

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